terça-feira, 16 de setembro de 2008

PENSANDO COMO CRISTO

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,

(Filipenses 2.5)

 

A simplicidade da vida se estabelece a partir da disposição mental de servir e na funcionalidade pessoal de ajudar. 

Jesus mostrou em todo o tempo que sua missão fazia parte da sua própria consciência e que consumia cada um dos seus dias terrenos. Em nenhum momento houve a necessidade de alguém lhe lembrar o que deveria fazer; ele caminhou, todo o tempo sabendo que subiria à cruz e quais seriam os resultados da sua missão.

Entendemos pelas Escrituras Sagradas que tanto nos meios comuns da existência quanto naqueles mais especiais, esteve Jesus totalmente consciente da razão pela qual pisou em nossa terra. Isso é um contraste e muitas vezes um antagonismo à nossa realidade e  existência; sempre precisamos ser lembrados das motivações e razões da nossa missão e muitos são aqueles que a abandonam por razões secundarias, descartáveis e até desnecessárias.

Jesus mostrou em todo o tempo que o cumprimento da sua missão era o mais importante que tudo, não redundando em pompa, luxo ou complexidades. O seu estilo de vida simples e liderança servidora impactaram multidões que afluíam para vê-lo, tocá-lo e ouvi-lo.

Desde a simples manjedoura na gruta de Belém, aos pescadores que se tornaram seus discípulos e depois apóstolos, ao jumentinho que o levou pelas ruas de Jerusalém, a coroa de espinhos que rasgou a sua fronte, a madeira da cruz onde foi pregado e o tumulo emprestado onde fora depositado, Jesus apontou ser o mais simples dos homens. Ele caminhou com simplicidade mesmo sendo o Dono de todas as coisas. Vemos um antagonismo com a realidade atual e vigente; via de regra a forma da missão é maior que a própria missão, os parâmetros, as proteções e a busca de facilidade e complexidade obstruem a missão de muitos em nossos dias.

Ter uma vida simples, falar com simplicidade, andar com menos aparatos se tornou um desafio para quem caminha num ambiente acadêmico, quando o conhecimento que foi dado por Deus como ferramenta para a glorificação do seu nome na nossa qualidade de vida tornou-se um elemento distanciador e neutralizador das relações humanas. O aceitável é o aparente, o visível e o complexo.

A consciência do que deve ser feito e de como deve ser feito e a simplicidade da vida expressam a visão do pensamento de Cristo e se traduz em atos que facilitam e organizam a vida humana.

 

Rev. Jedeias de Almeida Duarte, Th.M

Capelão Universitário